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Estudo investiga como bloquear retorno de tumores mais agressivos

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18/09/2018

 

Quando o organismo sofre uma agressão, as células no entorno da lesão recebem sinais para se proliferarem mais intensamente, de modo a regenerar o tecido danificado. No caso do câncer, as células tumorais são praticamente eliminadas pelo tratamento com quimio ou radioterapia e, depois de algum tempo, retornam ainda mais agressivas. Um estudo busca entender a ocorrência de repopulação tumoral, mesmo após eliminação das células em um primeiro tratamento. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar, Roger Chammas, professor de Oncologia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), coordenador do Centro de Investigação Translacional em Oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, explicou o fenômeno.

O especialista comenta que hoje, apesar de muitos tratamentos serem eficientes, 40% dos cânceres precisam de um olhar mais aprofundado para se entender porque algumas terapias não funcionam. No caso dos tratamentos mais conhecidos, quimio e radioterapia, pode ocorrer de células tumorais sobreviverem e receberem estímulos do próprio tecido para proliferarem novamente. A isso, dá-se o nome de proliferação induzida pela morte celular, chamada de “repopulação” pelos radioterapeutas. Segundo o professor, nos últimos dez anos, tem se pesquisado quais são os mecanismos pelos quais a repopulação ocorre. Uma vez que se entende esse processo, encontram-se novos alvos para intervenção, na intenção de bloquear o fenômeno.

Ele revela que já foi identificada uma molécula que faz esse processo de repopulação. Um lipídio, gerado no processo de estresse da célula tumoral e morte celular. Agora, busca-se entender como a molécula interage com seu receptor e finaliza para as células sobreviverem mesmo depois da quimio ou radioterapia. De acordo com o especialista, há diferentes linhas que estão sendo seguidas como próximo passo, como a busca de moléculas que bloqueiam esse final ou que diminuam a atividade de produção do lipídio. Outra possibilidade é o reposicionamento de drogas antigas, que, associadas à radio e quimioterapia, estão sendo testadas com o objetivo de bloquear a repopulação.

Sobre a chance de cura do câncer, o médico ressalta a importância de detectá-lo ainda no início, por ser uma doença que evolui. Ou seja, quanto mais tempo a pessoa tem a doença, mais difícil é o tratamento. Ele destaca a necessidade de investimentos constantes nas pesquisas, com metas claras. Já existe capital humano e recursos, mas é necessário um esforço concentrado para evoluirmos quando o assunto é câncer.

Fonte: Jornal da USP

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