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Câncer de cabeça e pescoço atinge 43 mil pessoas por ano

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15/07/2020

 

No ano passado, a terapeuta ocupacional Adriana Leão de Carvalho, de 52 anos, enfrentou a batalha mais difícil da sua vida. Em maio, ela percebeu uma leve alteração em sua língua que, inicialmente, não aparentava ser nada muito sério ou relevante. Mesmo depois de ouvir de dentistas, dermatologistas e clínicos gerais que não havia nada de errado, Adriana continuou desconfiando de uma leve ardência, que mais parecia com uma afta, porém sem nenhuma ferida ou lesão externa.

Dois meses depois, surgiram novos sintomas, como um certo volume na língua, dificuldade para ingerir sólidos e líquidos, prostração, dor no ouvido e na cabeça, sempre do lado direito. "Depois de muitas consultas com diversos especialistas, fui parar em um pronto-atendimento. A tomografia não mostrou nada de errado, mas duas semanas depois, por indicação de um neurologista, fiz uma ressonância e pela imagem vimos que havia algo de errado", contou.

Em setembro o diagnóstico foi dado pelos médicos: Adriana estava com um câncer de língua, com células escamosas. Embora não tivesse nenhum histórico familiar, nunca tenha fumado e não consuma bebidas alcoólicas, Adriana faz parte do grupo de mais de 43 mil pessoas que são diagnosticadas com câncer de cabeça e pescoço a cada ano.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que cerca de 15 mil novos casos de câncer de cavidade oral surjam por ano no Brasil, sendo 80% em homens e caracterizando-se como o quinto tumor de maior incidência no país no ranking geral. Para o câncer de laringe, estima-se 8 mil novos casos, sendo que 97% dos diagnósticos são provenientes do tabagismo.

No caso de Adriana, ela precisou correr contra o tempo para garantir mais eficácia no tratamento e, em outubro, fez a cirurgia para retirada do tumor. Em novembro começaram as sessões de quimioterapia na clínica Oncomed.

“Foram 33 sessões e dias difíceis. Optei por fazer a cirurgia para colocar a sonda gastrointestinal e acredito que isso fez toda a diferença, porque consegui me manter hidratada e bem nutrida para enfrentar o tratamento. Mas, com certeza, o maior diferencial está ligado às questões emocionais, à gratidão e à positividade com que encarei o tratamento. Além do apoio dos meus familiares e amigos, a escolha da Oncomed foi determinante. Desde o porteiro até os médicos, o acolhimento e a humanização do atendimento são excepcionais. Ainda estou fazendo reabilitação da fala e só saberei se estou de fato curada com o tempo, mas desde que recebi alta da radioterapia decidir viver como antes da doença”, afirmou

O levantamento do Inca aponta também que o câncer de boca, laringe é hoje o segundo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata. Nas mulheres, a reincidência maior é do câncer da tireoide, sendo o quinto mais comum entre elas.

Com o intuito de estimular a prevenção deste tipo de câncer, é celebrado, no dia 27 de julho, o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. Em 2017, a Associação de Câncer de Boca e Garganta lançou a campanha Julho Verde. Durante todo o mês, diversas ações são promovidas por instituições em todo o país.

Ações de prevenção

Segundo o médico oncologista e um dos diretores da Oncomed, Amândio Soares, os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe e esôfago.

“Algumas mudanças de hábitos podem contribuir para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço. Evitar o consumo de bebida alcoólica, principalmente associada ao tabagismo é uma delas. Além disso, é imprescindível ter uma boa higiene bucal e manter relações sexuais seguras, uma vez que também notamos um aumento considerável na incidência do câncer de faringe em jovens, devido a infecção pelo papilomavírus (HPV), que tem uma das formas de contágio por meio da prática do sexo oral desprotegido”, afirmou.

Ainda de acordo com o médico, o diagnóstico precoce pode impactar diretamente na sobrevida do paciente. Se diagnosticado no estágio inicial, a chance de cura de um câncer de cabeça e pescoço é maior do que 80%. “Rouquidão, dor de garganta persistente, dificuldade de engolir, lesões na boca que não cicatrizam e caroços na região do pescoço são alguns dos sintomas que não devem ser ignorados”, pontuou.

Fluxo seguro para tratar câncer durante a Covid

Para ajudar que os pacientes oncológicos não interrompam o tratamento, a Oncomed está seguindo todos os protocolos de segurança definidos pelo Ministério da Saúde para garantir a continuidade nos tratamentos e assegurar a proteção dos pacientes quanto ao contágio do coronavírus. Já na triagem de pacientes e acompanhantes na recepção, tem sido realizada a aferição da temperatura e disponibilizado máscaras e álcool em gel.

Também foi realizada a mudança de layout na clínica para respeitar o espaço de segurança entre as pessoas, além da criação de um canal direto com o médico de plantão para orientação sobre sintomas e possível encaminhamento ao serviço de saúde e consultas de controle em modelo de teleorientação. O paciente com câncer também deve tomar algumas precauções no dia de sua consulta ou tratamento, como ter somente um acompanhante, com menos de 60 anos se possível e que não apresente sintomas de resfriado.

Fonte: O Tempo

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