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Papanicolau: exame revolucionou a prevenção do câncer de colo do útero

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13/05/2019

 

O médico Georgios Papanikolaou — que nasceu 13 de maio de 1883 e foi homenageado nesta segunda pela página principal do Google — revolucionou a medicina preventiva da saúde da mulher ao desenvolver um exame capaz de detectar células cancerígenas no colo do útero. O teste, que carrega o sobrenome de seu criador, se tornou indispensável dentro dos consultórios ginecológicos. De acordo com o Inca, o câncer de colo do útero é o terceiro mais frequente entre as mulheres brasileiras. A estimativa do instituto é de 16.370 novos casos em 2019.

— Este exame é a melhor ferramenta que temos para fazer um mapeamento de lesões que podem se transformar em câncer — diz o ginecologista e obstetra Paulo Pontremolez. — Quando o resultado do preventivo aparece com alguma alteração, investigamos as causas, o que possibilita tratarmos a mulher antes mesmo que aquela lesão se torne um tumor.

A maneira de coleta é simples. Com a ajuda de um espéculo (conhecido como bico de papagaio), uma espátula e uma cerda, o ginecologista faz uma raspagem das células da parede do colo do útero. O material é enviado para ser analisado em laboratório. Além de tumores, o exame é capaz de identificar infecções sexualmente transmissíveis, como o HPV.

— O Papanicolau foi um grande avanço porque até hoje vários tipos de patologias não podem ser prevenidas por meio de um exame como este — comemora Mônica Bonaparte, ginecologista e obstetra qualificada em patologia do trato genital inferior e representante credenciada da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp).

Para quem é indicado

De acordo com o Inca, o exame deve ser feito em mulheres com mais de 25 anos que já tiveram ou têm atividade sexual. Os dois primeiros exames devem ser feitos com o intervalo de um ano. Caso eles não apresentem nenhuma alteração, a recomendação é que o Papanicolau seja repetido a cada três anos.

Mas antes de fazer o exame é preciso ficar atento à alguns requisitos: a mulher precisa estar a pelo menos 72 horas sem ter relação sexual e a coleta deve ocorrer entre o 10º e o 20° dia depois do primeiro dia da última menstruação. Mulheres virgens podem fazer o exame se quiserem ou receberem recomendação médica.

— Sabemos que o risco de lesões que podem ser cancerígenas em mulheres virgens é bem menor do que naquelas que têm a vida sexualmente ativa. Mas há um tipo de aparelho especial para estes casos — afirma Mônica.

Para as mulheres que estejam na menopausa, a recomendação é conversar com o médico ginecologista antes de fazer o exame. O ressecamento da parede vaginal, sintoma comum entre as mulheres que já não estão mais em idade fértil, pode dificultar a coleta das células. Por isso, o ginecologista pode recomendar algum tipo de procedimento a ser feito antes para garantir a coleta adequada do preventivo.

Mesmo mulheres que fizeram a cirurgia de retirada de útero (histerectomia) precisam fazer o Papanicolau, pois o exame também pode detectar lesões vaginais.

Mulheres não se cuidam como deveriam

Um estudo realizado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e conduzido pelo instituto Datafolha mostrou que 20% das brasileiras a partir dos 16 anos não cuidam de sua saúde sexual e reprodutiva de maneira adequada.

Cerca de 4 milhões de brasileiras jamais foram a uma consulta com um ginecologista. E outras 5,6 milhões de mulheres em todo o país estão há quatro anos ou mais sem se consultar com esse tipo de profissional.

Para a maioria, a primeira consulta aconteceu por volta dos 20 anos de idade, e é corriqueiro que essa iniciação ocorra pouco após a primeira menstruação ou antes de a mulher iniciar a vida sexual. Também são frequentes os casos em que a primeira consulta ocorre quando há uma suspeita — ou a confirmação — de gravidez. É esse o caso para 19% delas.

 

Fonte: Extra

 
 

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