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Tabu atrapalha diagnóstico precoce do câncer de próstata

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03/12/2018

 

A cada 38 minutos, um homem morre vítima do câncer de próstata, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). A doença é a segunda maior causa de óbito entre a população masculina. No entanto, apesar dos números alarmantes, a patologia possui 90% de chance de cura quando é descoberta em estágio inicial. O grande problema é que o exame para diagnosticar o câncer é cercado de preconceitos e evitado por muitos homens, o que pode trazer graves consequências.

Um estudo da Bayer, feito em parceria com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) com homens acima dos 45 anos, descobriu que 49% nunca realizaram o exame de toque prostático. Desse total, 26% disseram que não o fizeram porque o médico nunca pediu, 24% não gostam ou acham pouco “másculo”, 22% não têm sintomas ou idade para realizar, 15% consideram o exame de sangue suficiente e 13% não acreditam que o exame seja necessário.

Para esclarecer sobre o assunto e entender as razões do público masculino não consultar um médico, além do tabu gerado em torno do exame, o Edição do Brasil conversou com Arnaldo Fazoli, médico urologista e membro do Conselho Científico do Instituto Oncoguia.

Por que muitos homens ainda têm preconceito com o exame?

Eu chamaria de ignorância, no sentido de pouco conhecimento. Eles não têm medo de fazer o exame e nem de descobrir a doença, mas receio das brincadeiras que vão ter que ouvir ao comentar com amigos e parentes que foram ao médico e tiveram que fazer o exame de toque. Por conta dessas piadas que algumas pessoas fazem, o homem deixa de receber o diagnóstico precoce do câncer de próstata e acaba prejudicando não somente a própria vida, mas também a dos familiares e das pessoas que estão em volta. Esse preconceito tem diminuído nos últimos anos, graças as campanhas de conscientização como o Novembro Azul. Eles têm percebido cada vez mais que o exame é necessário, rápido e mais simples e tranquilo do que imaginam.

Como é feito o exame de próstata? Dura quanto tempo?

A próstata é um órgão muito interno e o único acesso que temos é pelo reto. O objetivo do exame de toque prostático é sentir o tamanho da próstata, a consistência e se tem algum nódulo, caroço ou qualquer tipo de alteração. É importante a realização deste exame, mesmo que o Antígeno Prostático Específico (PSA) esteja normal.
Ele é feito no próprio consultório com anestesia local em gel e dura cerca de 10 segundos. A posição em que o paciente deve ficar durante a realização do exame depende de cada urologista.

A partir de qual idade é recomendado fazer exames?

A orientação é que, a partir dos 50 anos, a população em geral faça o exame preventivo. Para quem teve algum caso da doença na família como, por exemplo, pai, tio, irmão e avô, o paciente tem o risco aumentado é a orientação e que procure o médico urologista para acompanhamento a partir dos 45 anos. A recomendação é pelo menos uma vez ao ano, desde que o resultado do exame esteja normal.

Além do câncer de próstata, que outras doenças são identificadas com o toque prostático?

O órgão pode desenvolver três doenças ao longo da vida. Além do câncer, o exame pode identificar o aumento benigno e inflamações na próstata, também conhecida como prostatite.

Existe algum indício que o homem deve ficar em alerta?

O câncer de próstata é uma doença traiçoeira e não apresenta nenhum tipo de sintoma na fase inicial. Quando aparecem sinais, significa que a doença está em um estágio mais avançado. E, normalmente, pode acontecer do paciente ter primeiro o sintoma da metástase do que do próprio câncer. Muitos homens tendem a pensar que como não estão sentindo nada, não precisam consultar o médico. É justamente esse o grande problema, pois se forem esperar sentir alguma coisa, poderá ser tarde demais.

É mais fácil o tratamento se descoberto em fase inicial? Pode ocorrer em pacientes mais jovens?

Quando o diagnóstico do câncer de próstata é feito na fase inicial, as chances de cura chegam a 90%. Mas se já estiver em um estágio bem avançado, a porcentagem cai para 10%.

É muito raro a doença acometer pacientes mais jovens, mas pode acontecer. A estimativa é de menos de 0,5% da população masculina abaixo dos 40 anos.

Como funciona esse tratamento?

Isso depende do estágio da doença. Quando está no início e localizado somente na próstata, o mais adequado é fazer a cirurgia de retirada do órgão ou a radioterapia. A quimioterapia só é utilizada nos casos em que a doença está em estágio bem avançado.

Causa algum problema no aparelho reprodutor?

A próstata fica próxima de estruturas muito nobres, como entre os nervos responsáveis pela função sexual. Na retirada ou no tratamento, eles podem ser lesados e levar a impotência sexual. Por essa razão, tem se investido em novas tecnologias. Hoje em dia existe um robô que faz esse procedimento com mais precisão.

Fonte: Edição do Brasil

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