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Terapia-alvo é nova esperança para pacientes com câncer

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20/07/15

Um novo tratamento de combate ao câncer vem trazendo mais otimismo no meio científico. A chamada terapia-alvo está diretamente ligada à descoberta do seqüenciamento do genoma humano, cujo projeto foi concluído em 2003 e representou uma grande evolução no diagnóstico e na cura de doenças. O câncer é atualmente a segunda maior causa de mortes não violentas no Brasil e em grande parte do mundo, atrás somente das doenças cardíacas.

Segundo uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número de mortes no Brasil em 2012 para cada 100 mil homens foi de 103,2 e 86,92 mulheres.

Câncer é a denominação dada a um conjunto de mais de cem doenças. Todas elas têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos, provocando tumores benignos ou malignos, que podem se espalhar por outras partes do corpo. As terapias tradicionais costumam ser agressivas, provocando efeitos colaterais no paciente e nem sempre eficientes. Daí a importância dessa nova forma de tratamento. O Dr. Carlos Gil, oncologista clínico e coordenador do grupo NEOTórax da Oncologia D?Or conversou com o Jornal do Brasil e falou sobre esse novo tratamento: "Na terapia alvo, um alvo (alteração molecular específica da célula do câncer e responsável pelo mecanismo de geração do tumor) é bloqueado por um medicamento específico. É o chamado mecanismo chave-fechadura. Os pacientes candidatos são aqueles identificados por diagnóstico molecular, ou seja, as células do tumor exibem o alvo alterado".

Mas e o que seria o diagnóstico molecular? "São métodos de laboratório, baseados em análise do DNA, que permitem identificar pacientes candidatos a terapias-alvo. O DNA do tumor é analisado nesses casos", explica o médico, que é pesquisador do Instituto D?Or de Pesquisa e Ensino.

O oncologista acrescenta que os tipos de câncer que melhor respondem a esse tratamento são os de pulmão, mama, melanoma e colo-retal. "A terapia-alvo não dispensa os tratamentos tradicionais. Na realidade, ela é complementar ou sequencial à terapia tradicional (como cirurgia, radioterapia e quimioterapia)".

Gil identifica as maiores dificuldades para se adotar esse tipo de tratamento no Brasil: "Como no caso dos medicamentos, o Brasil é um importador dessas tecnologias e, por isso, os custos são altos. Além disso, ainda falta no Brasil regulamentação de controle de qualidade dos testes realizados. Também a política para pagamento por esses testes no âmbito do SUS e da saúde suplementar ainda são insuficientes. Como resultado, o acesso da população que hoje é limitado, pode ser tornar ainda pior nos próximos anos.

O oncologista diz que, apesar da terapia ser promissora, com um um mercado estimado em US$ 20 bilhões em 2020, as previsões são preocupantes no país, pelo alto custo e por questões burocráticas. ?Além do acesso limitado ao diagnóstico molecular, há um grande atraso no registro e comercialização de medicamentos oncológicos em relação ao resto do mundo. ?Temos que pensar em estratégias alternativas que viabilizem o acesso a essas novas tecnologias de diagnóstico e tratamento no Brasil, sobretudo no âmbito do SUS?.

?No mundo, as perspectivas de avanço são promissoras na próxima década. Contudo, ainda é necessária uma discussão global sobre custos dessas novas tecnologias?, conclui o oncologista.

Jornal do Brasil

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