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Terapia molecular: o futuro do tratamento contra o câncer

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12/06/2018

 

Alguns conceitos médicos encontram um paralelismo interessante no cotidiano. Por exemplo, a violência em nossas cidades fez com que nos acostumássemos com o conceito da "bala perdida”. Trata-se daquele projétil disparado em combates urbanos, que acaba atingindo inocentes, totalmente dissociados do embate. Não seria maravilhoso, mágico até, se tivéssemos a capacidade de produzir um projétil inteligente, que quando disparado poupasse vidas inocentes, atingindo somente os bandidos? Algo similar está acontecendo justamente na medicina!

"Bala Mágica” de Ehrlich

No final do século XIX, Paul Ehrlich, um jovem médico e pesquisador alemão, interessou-se pela microscopia. Em seus experimentos, Ehrlich maravilhou-se com o fato de que células expostas a um mesmo corante apresentavam cores diferentes, indicando que elas tinham afinidades distintas ao produto.

Ele ponderou que com esta particularidade seria possível a produção de um corante tóxico, que aderisse e eliminasse somente as células ruins, poupando as células normais de qualquer toxicidade. Ou seja, ele acreditava que seria possível o desenvolvimento de uma "bala mágica” para o tratamento de infecções e câncer. Infelizmente, Paul Ehrlich morreu em 1915, muito antes da medicina ter avançado o suficiente para tornar seu sonho uma realidade.

Algumas décadas depois, surgiu a quimioterapia tradicional, baseada no conceito de envenenamento das células cancerosas, mas com grande impacto negativo nas células normais, resultando em claros avanços, mas com muitos efeitos colaterais.

Parecia que o conceito de bala mágica continuaria sendo apenas um sonho. No entanto, ao final do século XX, a ciência finalmente começou a desvendar os mecanismos que formam os diversos tipos de cânceres, e acabou por identificar as primeiras alterações moleculares características para tumores diferentes.

Terapia molecular

Um número cada vez maior destas alterações e seus tumores levou ao desenvolvimento de tratamentos muito seletivos, direcionados especificamente a uma alteração presente nas células doentes. O impacto nas células normais, onde as alterações não está presente, é muito menor, com menos toxicidade. Já temos hoje dezenas de exemplos de terapias moleculares efetivas, em uso no mundo inteiro, tratando um grande número de cânceres diferentes. Algumas destas terapias já estão disponíveis mesmo no Sistema Único de Saúde (SUS).

Lentamente, o sonho das balas mágicas de Paul Ehrlich está se concretizando. Ainda encontramos efeitos colaterais, que podem ser graves, mas muito menos do que enfrentamos com a quimioterapia convencional. É verdade que não derrotamos completamente todos os tipos de câncer, e nem sempre conseguimos identificar alvos adequados, ou desenvolver medicações específicas. No entanto, a oncologia atual já é muito diferente daquela vista no final do século XX.

Fonte: Veja

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