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O papel da fisioterapia na ginecologia oncológica

Conheça as principais frentes de atuação da fisioterapia na ginecologia oncológica

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São diversos os tipos de tumores que podem atingir o sistema reprodutor feminino. Entre os tipos de câncer ginecológico, podemos citar o de ovário, de endométrio,o de colo de útero,  de vagina e de vulva. 

 

O câncer de colo uterino, por exemplo, é o terceiro mais comum entre as brasileiras. No caso do câncer de ovário, a estimativa de casos novos no país ultrapassou a marca de 6.600 só em 2020, de acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

 

O tratamento desses tumores passa por uma combinação de procedimentos como cirurgia, radioterapia e quimioterapia e diferentes  efeitos colaterais podem surgir durante esse processo.

 


Ginecologia oncológica

 

O câncer ginecológico é caracterizado por diferentes tipos de tumor - com baixo ou elevado grau de risco - que se manifestam nas mulheres e possuem alta taxa de mortalidade, principalmente em casos de diagnóstico tardio.

 

Por isso, a ginecologia oncológica além de acompanhar todo o tratamento clínico, é muito atuante em ações preventivas e no rastreamento do tumor.

 

O tipos de câncer ginecológicos mais comuns:

 

  • Colo do útero - Aparece com a infecção vaginal persistente de um dos tipos do Papilomavírus Humano, o vírus HPV. É uma doença com característica de desenvolvimento lento e silencioso, muitas vezes sem sintomas no início. 

  • Ovários -  Ainda mais silenciosa, a doença pode ser causada por diversos fatores. Os principais podem estar relacionados, histórico familiar de casos de câncer de mama e de ovário, obesidade e idade superior aos 50 anos.

  • Endométrio - É um dos tumores mais recorrentes, principalmente em mulheres acima de 60 anos. Sua causa está relacionada ao contato recorrente do endométrio com estrogênio,produzido pelo próprio organismo, ou por meio de reposição hormonal.


Efeitos do tratamento do câncer na saúde íntima feminina

 


Cada caso de câncer precisa ter seu tratamento discutido com intuito de adequar os procedimentos à necessidade da paciente buscando amenizar seus efeitos. Essa escolha está relacionada ao tipo de tumor, das condições de saúde das pacientes e dos efeitos colaterais que podem ocorrer.

 

Na sua grande maioria, a cirurgia oncológica combinada com a radioterapia é o tratamento de escolha.

 

Esses procedimentos, no entanto, podem causar efeitos colaterais devido aos cortes na cirurgia e queimaduras da radioterapia dentro da pelve e na pele. Essa lesão causada nos tecidos tende a cicatrizar em fazer aderências e fibroses teciduais.

 

Tais complicações afetam a sexualidade da mulher pois podem causar dor na relação sexual por conta do estreitamento do canal vaginal e refletem também nos exames ginecológicos de rotina que são essenciais  no acompanhamento pós-operatório.

 

A  quimioterapia quando realizada também pode trazer alguns problemas como neuropatia nas mãos e pés, cansaço e fadiga e traz a menopausa precoce, onde muitas vezes as mulheres apresentam os sintomas como fogachos e  a secura vaginal.

 

Entre as complicações que o tratamento de um câncer ginecológico pode trazer para a saúde íntima da mulher estão:

 

  • Estenose vaginal - é o estreitamento ou encurtamento do canal vaginal.Pode ocorrer tardiamente, entre um ano ou mais, após a exposição aos tratamentos contra o câncer. É uma dor persistente durante a relação sexual causada pelo estreitamento do canal vaginal. Essa redução se dá devido ao acometimento da mucosa vaginal, dos pequenos vasos sanguíneos e dos tecidos conectivos na região. 

  • Mucosite - é a inflamação da mucosa vaginal. Afeta a mucosa gerando inflamação, feridas, dor e sangramento local. A região acaba ficando desprotegida com a incidência dos tratamentos de radioterapia ou quimioterapia, criando uma predisposição para infecções fúngicas e bacterianas. 

  • Dispareunia - é a dor para ter relação sexual. Acontece frequentemente em mulheres que estão em tratamento de câncer e acabam tendo a menopausa induzida por meio da quimioterapia, ou pelo estreitamento do canal vagina. A dispareunia causa desconforto leve até mesmo a uma dor aguda, antes ou após a relação sexual.

  • Vaginismo - é uma disfunção sexual que acontece com a contração involuntária dos músculos vaginais e consequente dor durante o ato sexual. O desconforto pode ser leve ou mais grave nos casos que impossibilita a penetração.

 

A importância da fisioterapia na ginecologia oncológica

 

O atendimento fisioterapêutico em todas as etapas do tratamento oncológico proporciona à paciente cuidados com a sua saúde íntima, atuando para amenizar e tratar as complicações que já citamos anteriormente. Entre as técnicas fisioterapêuticas que podem ser utilizadas na ginecologia oncológica, podemos citar:

 

  • Eletroestimulação neuromuscular - é o uso de eletroterapia para melhorar a dor, melhorar a função da bexiga ou para fortalecer os músculos pélvico.  

  • Biofeedback - Promove a conscientização,  o relaxamento e contração perineal para a melhorar o controle da musculatura do assoalho pélvico. O equipamento trabalha com a paciente a percepção e o controle se sua musculatura por meio de estímulo visual ou sonoro.

  • Cinesioterapia - É a combinação de exercícios terapêuticos que contribuem para fortalecer e alongar a musculatura da região. Os principais são exercícios de Kegel, técnicas manipulativas da pelve, reeducação postural, alongamentos

  • Terapias Manuais - Utilizadas para proporcionar o relaxamento, analgesia e expansão do canal vaginal, as terapias manuais fazem uso de massagem perineal, manobras vaginais e miofasciais.

 

A fisioterapia pélvica oncológica é indispensável para se ter uma função urinária, sexual e uma boa qualidade de vida após o tratamento oncológico.

 

Para saber mais sobre as possibilidades e os benefícios da fisioterapia na ginecologia oncológica, leia também:

 

(Crédito da foto: Heart photo created by katemangostar - www.freepik.com)

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