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Cientistas brasileiros identificam novos mecanismos para o tratamento do câncer de próstata

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17/06/15

Entender como uma célula sadia transforma-se em uma cancerígena é, atualmente, a melhor aposta dos cientistas para combater o câncer. Identificar as moléculas envolvidas nesse processo, porém, está longe de ser uma tarefa simples. Isso porque as células usam caminhos ? e sortilégios ? variadíssimos nessa transformação. Ainda assim, um novo estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), coordenada por pesquisadores brasileiros, destrinchou, pela primeira vez, alguns dos mais importantes mecanismos utilizados pelas células tumorais durante o desenvolvimento do câncer de próstata ? o segundo mais comum entre homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma).

Entre os líderes do estudo está o casal de cientistas brasileiros Renata Pasqualini e Wadih Arap, além de Emmanuel Dias-Neto, pesquisador e especialista em genômica do A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo. O trabalho foi desenvolvido, principalmente, nos Estados Unidos (University of New Mexico Cancer Center) e contou com a participação de um grupo de cientistas do centro de pesquisas brasileiro.

O time multidisciplinar identificou o mecanismo de ação de dois participantes-chave na formação do câncer de próstata: as moléculas PCA3 e o PRUNE2. Elas interagem fisicamente. A pesquisa constatou que a queda do PCA3 na próstata de animais resulta em tumores menores. Por outro lado, o aumento do PRUNE2 tem efeito semelhante. "Trata-se da descoberta de um sistema de regulagem completamente novo", diz Renata Pasqualini.

Com uso aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration, órgão regulador dos EUA) como um eficiente marcador diagnóstico para o câncer de próstata, a PCA3 tem agora sua ação desvendada. ?Além de aprimorar o diagnóstico do câncer de próstata letal, o trabalho abre novos caminhos para a aplicação mais apropriada de terapias em pacientes com este tumor?, diz Dias-Neto, do A.C. Camargo.

Concluídas com sucesso as fases in vitro e de aplicação inicial em animais, os estudos agora prosseguem com testes de efetividade e segurança em outros animais, conforme exigências do FDA. Essa etapa do trabalho será desenvolvida conjuntamente por pesquisadores da Universidade do Novo México Cancer Center, M.D. Anderson Cancer Center (Universidade do Texas), Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer (San Diego, Califórina) e A.C. Camargo Cancer Center.

O estudo veiculado na PNAS, uma importante publicação científica americana, acena ainda com um eventual ganho de eficiência na determinação da letalidade do câncer. Hoje, o teste feito com base no PSA (a sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) é considerado de baixa precisão. Na verdade, o PSA é tido como um marcador inespecífico. Ele acusa algum problema na próstata, como o aumento ou uma infecção nessa glândula. Isso, contudo, não quer dizer que exista um câncer e muito menos o quão agressivo ele é. Em contrapartida, o PCA3 é muito mais assertivo. Por isso mesmo, o FDA já havia reconhecido esse tipo de molécula como um marcador para diversos tipos de câncer.

O grande mérito do time que produziu o estudo foi levar adiante esse conhecimento. Os cientistas já sabiam que o PCA3 é um marcador poderoso. Eles, contudo, identificaram o mecanismo de ação dessa molécula, além da PRUNE2, e também da proteína P54 e da enzima ADAR1. Ou seja, destrincharam o papel de cada desses elementos no desenvolvimento da doença na próstata. À medida que se sabe como elas agem (e interagem), aumentam as chances de utilizá-las de maneira eficaz no combate ao problema. Por isso, os pesquisadores acreditam que o trabalho abre quatro novas frentes de diagnóstico e tratamento contra o câncer de próstata (com as duas moléculas, a proteína e a enzima). Com todo esse conhecimento, os exames também poderão definir com precisão muito maior o grau de letalidade da doença. Isso seria fundamental para estabelecer se o paciente de fato precisa ser submentido ? ou não ? a uma cirurgia ou a um tratamento quimioterápico. Hoje, isso ainda não é possível.

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