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Terapia Ocupacional no tratamento do linfedema

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O termo linfedema refere-se ao tipo de edema decorrente do acúmulo anormal de líquidos e proteínas nos tecidos, resultante da falha no sistema linfático de drenagem, associado a insuficiência de proteólise extralinfática das proteínas do interstício celular.

Os sinais e sintomas incluem o edema em graus variados, baixa elasticidade dos tecidos, as infecções crônicas como micose e erisipela são freqüentes, a dor as vezes está presente, sendo as úlceras crônicas pouco observadas.

O linfedema pode ser congênito ou adquirido e dentre os adquiridos os neoplásicos, processos infecciosos e parasitários, traumas, pós terapêutico (quimioterapia e radioterapia) e os flebo-linfedemas são os mais comuns.

No Brasil não existe uma estimativa do número de portadores de linfedema e das etiologias, porém, nos países menos desenvolvidos a causa mais comum geralmente é decorrente da filariose.

O diagnóstico e tratamento do linfedema deve ser prescrito pelo médico, sendo que normalmente inclui: medidas psicológicas (auxílio de psicoterapeuta), drenagem linfática, medidas compressivas, medidas farmacológicas, medidas de orientação de atividades de vida diária e profiláticas.

O tratamento do linfedema deve ser realizado por equipe multidisciplinar especializada na abordagem desses pacientes. No tratamento do linfedema a Terapia Ocupacional se aplica às necessidades e incapacidades determinadas por essa patologia.

Dentro do tratamento prescrito as necessidades básicas são a realização da drenagem linfática, como forma de remover o excesso de proteína plasmática do interstício celular, restaurando o equilíbrio entre a carga protéica linfática e a capacidade de transporte do sistema linfático, diminuindo assim o edema; e a realização das bandagens não elásticas, bem como orientações de uso e a necessidade de realização de movimentos determinados pelo terapeuta ocupacional durante seu uso. As necessidades de movimentos determinados durante o uso das bandagens se explica devido ao mecanismo de ação das bandagens não elásticas possivelmente estar na força de ação que favorece durante a contração muscular o efeito de "bombeamento" dos linfáticos, favorecendo assim o tratamento específico desta doença. A compressão externa permite o aumento da pressão a nível dos tecidos promovendo a mobilização dos fluidos e consequentemente um coadjuvante da drenagem linfática para diminuição do edema, bem como a manutenção das perdas de medidas de diâmetro dos membros afetados.

Um outro ponto de intervenção da Terapia Ocupacional no linfedema é com relação as atividades de vida diária a qual o indivíduo esteja engajado. Quando se refere as atividades diárias, nos parece uma rotina normal e que alguns lapsos possíveis são superados com formas de comportamentos normais, porém, para indivíduos portadores de linfedema os lapsos são condições de perigo, devido o linfedema necessitar de situações de auto-proteção, portanto, deverá ter um estilo de vida diferente. No linfedema existem alguns fatores limitantes de atividades normais, como aumento de peso no membro devido o edema, graus de contraturas, fibroses, limitação de movimentos, alterações de sensibilidade, além das alterações psicológicos acompanhadas.

A Terapia Ocupacional é a facilitadora do engajamento de atividades diárias sem riscos, cujo os princípios gerais sejam planejar estratégias em cima da disponibilidade do ambiente que o paciente se encontra para melhorar sua qualidade de vida.

Podemos planejar desde cuidados básicos de higiene (cuidados com produtos para higiene, cuidados com cortes de unhas, aparelhos para barbear e depilação), atividades domésticas (lavar e passar roupas, preparar alimentação, cuidados com utensílios cortantes, produtos de limpeza o uso somente mediante luvas, uso de fornos muito aquecidos, água muito aquecidas são proibidos), jardinagem (uso de botas ou luvas de proteção, realização da tarefa no período da manhã, cuidado com venenos pesticidas) compras em supermercados (são proibidos carregar sacolas pesadas, fazer uso de carrinhos de compras), escolha de vestuários adequados para o membro com linfedema (roupas confeccionadas com material anti-alérgico, bem leves), atividades de lazer; assim como orientação posturais e movimentos a serem realizados dentro das atividades diárias que contribuam para melhora do edema e previnam para que não aumentem o grau da lesão.

Assim sendo, o papel do Terapeuta Ocupacional no tratamento do linfedema é diretamente na intervenção básica, com a drenagem linfática e as bandagens, bem como no plano reeducativo e preventivo, pois orienta e ajuda o paciente a vencer suas limitações, a realizar suas atividades cotidianas normais e previne uma piora do quadro.

Prof. Maria de Fátima Guerreiro Godoy , Terapeuta Ocupacional, Doutora em Ciências da Saúde pela FAMERP, especialista no tratamento de linfedema.

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