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Estudo francês mostra ligação entre câncer e próteses de silicone

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13/04/15

Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer (INC) da França divulgaram um estudo que coloca em dúvida uma das cirurgias estéticas mais realizadas em todo o mundo, o implante de silicone nos seios. Em relatório, o INC alerta sobre uma "relação clara" entre a ocorrência de um tipo raro de câncer (linfoma anaplásico de grandes células associado a um implante mamário) e o uso das próteses. A associação ficou evidente após pesquisa realizada a pedido das autoridades francesas detectar 18 casos da doença desde 2011, sendo 14 em pacientes com implantes. Esse mesmo tipo de tumor já foi identificado em outras 173 pacientes no mundo.

Até o momento, nenhuma marca ou tipo de prótese estão sendo investigados e nenhuma retirada preventiva foi recomendada pelas autoridades francesas. Mas em entrevista ao jornal ?Le Parisien?, o diretor da Agência Nacional de Segurança do Medicamento (ANSM) da França, François Hébert, pediu que as mulheres que desejam colocar próteses nos seios devem ser ?obrigatoriamente alertadas sobre esse novo risco, apesar de ele ser baixo?.

Marcela Muniz, 27, sempre sonhou em colocar silicone para poder usar blusas e biquínis e se sentir bem, mas, poucos dias após a cirurgia, a professora de Franca, em São Paulo, teve uma série de complicações. ?A cicatriz abriu, tive rejeição da prótese e trombose. O cirurgião não falou sobre esses riscos. Se soubesse dessa chance de câncer, pensaria mais vezes e pesquisaria mais sobre o assunto?, diz.

Repercussão. Líder no ranking de cirurgias plásticas nos Estados Unidos, com mais de 286 mil operações em 2014, o implante mamário de silicone também lidera o ranking de operações no Brasil, só perdendo para as cirurgias estéticas de lipoaspiração.

Segundo a oncologista e hematologista do Instituto Nacional do Câncer (Inca) Adriana Scheliga, que já atendeu uma paciente do Rio de Janeiro com a suspeita do problema em 2009, o conhecimento desse tipo de linfoma relacionado à prótese não é recente.

?A agência reguladora norte-americana já tinha alertado sobre essa relação, mas não existe um consenso mundial. A gente não tem certeza, por exemplo, se tem uma prótese em que a ocorrência é mais frequente. Afirmar que mulheres não podem colocar por causa dos riscos de linfoma é precipitado, na minha opinião?, afirma.

O diretor do departamento de assistência social da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Cláudio Salum, também questiona o estudo francês. ?Na França já houve adulteração de silicone. Quem sabe a prótese desses pacientes com o linfoma não seja derivada desse silicone??, sugere.

Salum acredita ser ?precoce esse alarde todo?. ?Tem décadas que o Brasil é referência nesse tipo de cirurgia. Uma das primeiras indicações era para a reconstrução da mama retirada por causa de câncer. Isso então seria um contrassenso. Além disso, os números são pouco representativos?, critica.

A estudante Bruna Marques, 20, deseja colocar a prótese e diz que, se estudo semelhante fosse feito, poderia ajudar as pacientes. ?Essa pesquisa me deixou preocupada, mas não a ponto de desistir da cirurgia?, afirma.

Flash

Relembre. Em 2010, reclamações dos implantes da marca francesa Poly Implant Prothèse (PIP) acabaram levando à falência da empresa. Em depoimento, o fundador da PIP admitiu ter usado silicone adulterado e não testado por acreditar ser ?mais barato e melhor?. A PIP era o terceiro maior fabricante mundial e exportava para o Brasil.

O Tempo

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