Digite a senha



Digite a senha



O que deseja fazer?



Recuperação de senha



Área do aluno

Mais de 70% dos pacientes com câncer de boca recebem atendimento tardio

Você está localizado em: Home » Notícias » Mais de 70% dos pacientes com câncer de boca recebem atendimento tardio



23/02/13

Mais de 70% dos pacientes com câncer de boca atendidos no Hospital de Clínicas da Universidade de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, chegam com a doença em estágio avançado. A unidade recebe cerca de 10 novos casos da doença todo mês e atende em média 30 pacientes que fazem tratamento no ambulatório.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que no ano passado, quase 10 mil novos casos da doença foram identificados em todo país.

" Esse tipo de câncer acomete, geralmente, homens acima dos 50 anos, fumantes e que bebem de maneira abusiva" , explica Alfio José Tincani, cirurgião de cabeça e pescoço do Departamento de Cirurgia do HC. Ele indica outros fatores de risco, além do consumo de bebidas alcoólicas e fumo em quantidade excessiva, como a má higiene bucal, exposição ao sol prolongada e o sexo oral sem proteção que também podem desencadear este tipo de tumor. Mas o médico esclarece que os fatores de risco estão ligados a tipos diferentes da doença.

A doença é caracterizada pela presença de um tumor maligno na região oral e que se manifesta principalmente pela presença de feridas na borda da língua, que podem muitas vezes ser confundidas com aftas, sendo diagnosticadas tardiamente.
O câncer de boca ou câncer da cavidade oral se manifesta no lábio, parte integrante da boca, é mais comum em pessoas que se expõem a luz solar por muito tempo e sem proteção, como é o caso dos trabalhadores rurais. Já o câncer que se manifesta na parte interna da boca, na língua chamada móvel, está atrelado ao grupo de risco de homens acima dos 50 anos etilistas e tabagistas. Por fim, diz, o câncer relacionado ao risco do sexo sem proteção é na verdade o câncer de orofaringe, na região entre a boca e a faringe.

HPV

Nesse último, pesquisas relacionam a presença do vírus do papiloma vírus humano (HPV) a incidência do câncer de orofaringe, resultando também no surgimento da doença em mulheres e jovens, dois grupos que até então, não eram considerados de risco. " Hoje, mais de 90% dos casos desse tipo de câncer em pessoas jovens sem outras causas de risco podem apresentar a presença do HPV nas biópsias" , explica Tincani.

" O que se discute ainda e apresenta um risco controverso, ou seja, ainda não muito comprovado é o uso de dentaduras mal ajustadas por longos períodos. Com o uso incorreto, pode haver trauma na mucosa da boca e o aparecimento do câncer na gengiva ou no chamado assoalho da boca" , comenta o professor. Ele alerta para o risco do diagnóstico tardio, muito comum nos pacientes atendidos no HC. " Muitas pessoas acham que é uma ferida simples e tratam por conta própria" , conta e acrescenta que se a lesão ou ferida persistir por mais de quatro semanas, a pessoa deve procurar um médico. Para a realização do diagnóstico é necessário fazer uma biópsia no local.

Tratamento

A partir da identificação da doença e seu estágio, o paciente pode fazer o tratamento através de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Segundo Tincani, o método utilizado depende do tamanho da lesão e também da escolha do paciente ao discutir com o médico as opções disponíveis. " Nos tumores iniciais, pode ser feita uma cirurgia para retirada do tumor ou o tratamento com radioterapia e nos casos avançados, cirurgias mais radicais, com a retirada das ínguas - linfonodos - em conjunto com o tumor e tratamento posterior com radioterapia" . Depois do procedimento, o paciente faz acompanhamento a cada três meses com o médico e em alguns casos pode haver seqüelas na fala e deglutição.

Nos pacientes com a doença e que possuem o HPV, geralmente o tratamento apresenta uma melhor evolução com o uso de radioterapia e quimioterapia combinadas. No Hospital de Clínicas da Unicamp são realizadas cerca de 70 cirurgias para retirada de tumores na boca todo ano e na divisão de radioterapia do hospital, em média 14 pacientes/mês realizam o tratamento, composto em sua maioria por 35 sessões. Com os cuidados preventivos e a observação de possíveis feridas na boca, a doença pode ser identificada precocemente, facilitando o tratamento e aumentando as chances de cura.

Com informações da Unicamp

Fonte: Isaude.net

Notícias relacionadas


Newsletter

Preencha seu e-mail e receba as novidades do OncoExperts em seu e-mail!

© 2009/2024 - Oncoexperts: Todos os Direitos Reservados

O conteúdo deste site tem objetivo estritamente informativo. Em hipótese alguma substitui a consulta ou tratamento médico e fisioterapêutico.

Em caso de dúvida, procure seu médico ou fisioterapeuta.

Endereço: Rua Afonso Celso, nº 19 - Vila Mariana - CEP: 04119-000 - São Paulo - SP

Telefone: (11) 2659-7001