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Médico alerta para importância de pensar o futuro da mulher após o tratamento de câncer

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12/10/16

Ginecologista Salomão Nassif Sfeir Filho lembra que sequelas dos procedimentos usados para cura podem afetar capacidade reprodutiva

O diagnóstico do câncer de mama costuma ter grande impacto para a mulher e sua família. Com pressa, em busca da cura, as mulheres costumam ter preferência pelo início imediato do tratamento. O problema é que essa decisão pode não levar em conta outros fatores, como o futuro da mulher depois de deixar o câncer para trás.

Pensando nisto, o ginecologista Salomão Nassif Sfeir Filho alerta para a importância de pensar na fertilidade feminina. Segundo ele, metade das mulheres diagnosticadas com câncer de mama ? em média, 60 mil por ano no Brasil ? ainda não tem filhos. Aproximadamente 80% desse total consegue a cura com cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, tratamentos que podem impactar na produção de óvulos. "A quimio e a radio podem deixar a mulher infértil", avisa o médico. Segundo ele, as substâncias da quimio e radioterapia são muito tóxicas e podem afetar temporariamente, ou de forma permanente, a fertilidade. "Quando ainda tem óvulos, a qualidade é ruim", explica. O tratamento oncológico também pode causar menopausa precoce, além de outros transtornos relacionados à reprodução.

Para preservar a fertilidade da mulher, Salomão orienta que a paciente procure um especialista em reprodução humana em busca de uma alternativa, como o congelamento dos embriões, tecido ovariano ou óvulos, por exemplo. Neste último processo, que leva cerca de 15 dias e não afeta o tratamento do câncer, a mulher é submetida a uma estimulação ovariana e, depois, à coleta dos óvulos.

Outra opção mais rápida, para os casos em que não é possível aguardar os 15 dias para a estimulação do ovário, é o congelamento do tecido ovariano. Nesse procedimento, que leva cerca de dois dias, a paciente é internada para a retirada de parte ou de todo o ovário por meio de uma videolaparoscopia. Os fragmentos retirados são congelados e, depois do tratamento oncológico, reimplantados na mulher.

Não há limite de tempo para o uso do material após o congelamento. Assim, ele pode ser usado depois da realização de todo o tratamento oncológico. O médico ainda lembra que todas as mulheres nascem com um número limitado de óvulos, que vão diminuindo gradativamente a partir da primeira menstruação até a menopausa, quando não existem mais óvulos disponíveis para a fertilização.

Falta de indicação ainda é obstáculo

Salomão calcula que, atualmente, 75% das mulheres procuram por um especialista em reprodução após descobrir o câncer, número que poderia ser maior, segundo ele. "Os oncologistas mais atualizados têm recomendado a procura pelas clínicas de reprodução, mas outros ainda têm receio", comenta. ?A mulher, então, fica curada, mas pode não ter um estilo de vida feliz?, observa o médico, sugerindo que aquelas que optarem pela maternidade possam viver plenamente depois de vencer o câncer.

Fonte: Notícias do Dia

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