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Novas drogas prometem revolucionar tratamento do câncer

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17/03/2017

Especialistas preveem que remédios serão mais bem tolerados pelo organismo do que a quimioterapia tradicional


Até 2025, a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que 20 milhões de novos casos de câncer sejam diagnosticados a cada ano. Isso é o dobro da população atual de Portugal, por exemplo. O cenário é ruim, mas a resposta da medicina oferece consolo: uma nova geração de medicamentos está a caminho, fruto de mais de dez anos de pesquisas sobre o genoma dos cânceres. Quatro novos tipos de drogas foram descritas ontem pela revista "Science" como o futuro da oncologia, em uma edição especial intitulada "Fronteiras da Terapia do Câncer". São remédios que prometem ser mais bem tolerados pelo organismo do que a quimioterapia tradicional e também mais eficazes, aumentando, portanto, as chances de cura.

Os maiores progressos dos últimos anos surgiram nas áreas de imunoterapia ? com drogas que estimulam o sistema imunológico do paciente a reagir ao câncer ? e de terapias-alvo ? quando se consegue atacar apenas as células tumorais, sem danificar as que estão ao redor e são saudáveis. Mas os artigos publicados ontem na ?Science? indicam que é possível ir muito além.

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? A série de artigos mostra que existem mecanismos promissores que ainda não conseguimos aproveitar. Com o uso dessas novas drogas, a chance de passar por uma quimioterapia mais leve é maior, e, em alguns casos, elas vão até mesmo dispensar a quimio ? afirma o diretor institucional do grupo Oncologia D?Or, Carlos Gil Ferreira, também pesquisador do Instituto D?Or de Pesquisa e Ensino (Idor).

O primeiro mecanismo descrito como o que pode vir a ser a base de uma série de drogas inteligentes é a epigenética. Especialmente com o avanço da idade, é comum que genes sejam naturalmente alterados ou até silenciados, e essas modificações podem levar a diversos tipos de câncer. O que reguladores epigenéticos fazem é restaurar essas marcações químicas alteradas, revertendo, assim, a doença.

Outra classe de drogas importante é a dos inibidores da enzima polimerase (PARP-1). Inibir essa enzima tem se mostrado positivo para reduzir o risco de as células cancerígenas se tornarem resistentes à quimioterapia. Uma droga que parte dessa premissa já existe hoje para tratar câncer de ovário, mas os pesquisadores acreditam que os inibidores de PARP-1 podem facilitar ainda o tratamento de outros tipos de câncer, como o de mama. Em especial, para as pessoas que têm mutação nos genes BRCA1 ou BRCA2 ? o mesmo da atriz Angelina Jolie.

A terceira droga apresentada pela revista é capaz de atacar a família de genes RAS. Todos os seres humanos têm esses genes, mas alguns têm uma mutação que até agora não se sabia como ?desligar? e que está associada a muitos tipos de câncer, como os tumores de tireoide e de pâncreas. Os medicamentos direcionados especificamente para os oncogenes RAS foram desenvolvidos em modelos de computador e têm mostrado alta eficácia. Segundo Carlos Gil Ferreira, se os estudos finais comprovarem que eles funcionam, haverá uma revolução nos tratamentos oncológicos.

? Alterações nos genes dessa família estão na origem de uma infinidade de tumores malignos. Cerca de 90% das pessoas com câncer de pâncreas têm mutação nesses genes. Isso também acontece com 25% dos pacientes com câncer no pulmão. Só a partir disso, já dá para ver que, se essas drogas funcionarem, elas vão revolucionar os tratamentos, aumentando muito o percentual de cura ? destaca ele.

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DISPONÍVEIS EM ATÉ CINCO ANOS

E, por fim, a quarta nova classe de medicamentos é a de terapias-alvo capazes de degradar proteínas. Os autores do artigo que trata dessas drogas propõem uma abordagem alternativa às terapias-alvo tradicionais: em vez de destruir a célula cancerígena, o remédio retiraria da célula somente as proteínas responsáveis pelo câncer.

De acordo com Gil Ferreira, é provável que medicamentos desses quatro tipos estejam disponíveis mais rapidamente do que se pensa.

? O tempo necessário para que drogas feitas a partir desses mecanismos cheguem ao Brasil é de três a cinco anos, pelo menos na rede particular de saúde ? acredita o oncologista. ? A capacidade da ciência de desenvolver medicamentos inteligentes aumenta a passos largos.



Fonte: O Globo

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