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Queda de cabelo pós-câncer também afeta autoestima dos homens

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20/11/11


A ausência da barba do ex-presidente Lula e a careca exposta do galã Reynaldo Gianecchini podem deixar explícito um problema da saúde masculina que costuma ficar embaixo do tapete.

Sim, respondem os especialistas. A autoestima dos homens também é ferida com esta sequela da quimioterapia para o tratamento do câncer, mas nem sempre o tema é tratado com importância devida pelos médicos e familiares do doente.

Na avaliação da presidente da Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia, Cristina Volker, o fato de dois pacientes tão emblemáticos como o ator global e o ex-presidente estarem sendo acompanhados de perto pela população pode ser uma oportunidade única de trazer o assunto à tona.

“Quase todas as ações para resgatar a autoestima após o diagnóstico do câncer são focadas na mulher. Os homens ficam em segundo plano”, afirma Cristina. “Mas não é isso que vemos nos consultórios. O paciente masculino está cada vez mais interessado na estética, nos cuidados com o corpo e também sofre os impactos ao perder o cabelo, ficar pálido ou inchado em decorrência do tratamento.”

Os efeitos não são restritos ao reflexo no espelho, acrescenta a psico-oncologista. A fragilidade que o papel de doente acarreta e a dependência de terceiros podem também afetar em cheio a noção de masculinidade dos pacientes, um dos gatilhos para a depressão.

A psico-oncologista do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz - especializada em bioética – acrescenta que as limitações acarretadas pela doença, de diminuição de produtividade ou de provedor da família, também arranham a imagem do homem com câncer. “Não falar deste assunto ou fingir que ele não existe pode aumentar o sofrimento e postergar a sensação de estranhamento do papel que será exercido pelo paciente. Tudo isso interfere no enfrentamento da doença.”


Ajuda

O estresse deste impacto social do tratamento do câncer traz danos físicos, já descreveu o psicanalista Marcelo Márcio Gianni em seu estudo sobre as diferentes formas que os gêneros enfrentam a doença. Segundo ele, a pessoa estressada libera mais adrenalina no organismo e este hormônio diminui a efetividade da produção dos glóbulos brancos, justamente as necessárias para aumentar as defesas do corpo e combater o tumor.

Em sua análise, publicada em 2007, ele afirmou – com base no acompanhamento de pacientes homens e mulheres- que enquanto eles apresentavam uma imensa dificuldade em falar sobre sua doença, sentiam-se isolados e impossibilitados de partilhar seus medos, elas diziam que a rede de familiares e amigos era o essencial para superar o câncer.

Luciana Holtz orienta que a melhor forma de amenizar os impactos psicológicos do câncer nos homens é abrir espaço para que eles conversem sobre a doença. “Junto com o paciente, a família ajuda a definir o que ele quer ou não continuar fazendo. Não adianta passar por cima de suas vontades”, diz.


Veja as dicas para lidar com esta situação

- Converse sempre. Se a equipe médica der o aval para o paciente continuar trabalhando, e ele tiver condições de permanecer no posto, incentive a produtividade

- Não tenha medo de falar sobre sexualidade. O desejo sexual pode diminuir no período e o seu companheiro, pai ou amigo pode ficar mais à vontade de você expuser que compreende a situação

- Não use frases como “homem não chora”, “você sempre foi forte”. Isso pode dar força para o lado ruim da fragilidade. Compreensão e acolhimento para os medos masculinos ajudam a superar o problema

- Não negligencie o peso estético acarretado pelo tratamento. Ficar careca não é fácil para ninguém. Busque, de forma divertida, as alternativas. Chapéus, gorros, bonés, boinas e até perucas podem ser opções para quem perde os cabelos


iG São Paulo

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