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Terapias-alvo dobram sobrevida de doentes com metástases

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22/06/15

A chef de cozinha Ana Paula Estrela, 36, passou o ano de 2012 com um dos mamilos secretando um líquido. Não conformada com um primeiro diagnóstico de mastite (inflamação das glândulas da mama), procurou outro médico, que lhe pediu uma mamografia. O exame, feito em março de 2013, acusou: câncer em estágio avançado, e ela também tinha metástases no fígado e no pulmão.

A quimioterapia e a mastectomia eliminaram o tumor na mama. "Hoje, faço um tratamento específico, que ataca só as células doentes", conta. Esse tratamento, chamado de ?terapia-alvo?, mantém as metástases sob controle. ?Hoje eu estou bem, consigo trabalhar, tenho menos efeitos adversos do tratamento?, cota ela.

Essas medicações são o que existe de mais moderno no tratamento do câncer metastático. ?Com o avanço da tecnologia, passamos a descobrir qual alteração causou o câncer e, por engenharia genética, desenvolvemos uma molécula que ataca aquela anormalidade. É como se nós fôssemos no corpo e virássemos uma chave que desliga esse processo?, explica o oncologista Max Mano, chefe do Grupo de Câncer de Mama no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 50% dos tumores de mama são diagnosticados em estágios mais avançados, e 30% deles irão evoluir para o estágio em que ocorrem as metástases. ?A doença metastática está intimamente relacionada a um diagnóstico tardio. Sabemos que 15% das mulheres com mais de 40 anos no Brasil nunca fizeram uma mamografia. Isso tem que ser trabalhado?, defende Mano.

O dado citado pelo médico foi retirado de uma recente pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido da Federação Brasileira das Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), do Instituto Oncoguia e da farmacêutica Roche, idealizadores da campanha Por Mais Tempo. A campanha tem o objetivo de pressionar o governo para que os tratamentos-alvo sejam incluídos na lista de distribuição gratuita do Sistema Único de Saúde (SUS).

?Com acesso às terapias-alvo, o tempo médio de vida de uma mulher com câncer de mama metastático varia de três a cinco anos?, declara Mano. Sem esses medicamentos, apesar de o Brasil não ter esses dados documentados, os especialistas suspeitam que o tempo médio de vida seria de aproximados 20 meses ? três anos a menos do que com as medicações.

Flash

O que é? Metástase é quando as células cancerígenas se desprendem do tumor primário, entram na corrente sanguínea e se espalham para outras partes do corpo. Ainda não há cura, mas controle.


O Tempo

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